terça-feira, 16 de agosto de 2011

Feira Medieval de Silves

Este ano ocorreu a 8ª edição da Feira Medieval de Silves de 9 a 15 de Agosto.


Fomos visitar a feira no sábado passado, dia 13, e achei bem divertido. Chegamos cedo, por volta das 18:00 hs para evitar a confusão na hora de estacionar o carro, mas não demorou muito para que as ruas começassem a encher de gente.


Essa feira, que decorre todo ano no mês de Agosto, consiste na recriação histórica do período medieval na antiga capital do reino do Algarve.


Nessa época Silves era dominada pelos muçulmanos, que por cinco séculos contribuíram para o crescimento económico e estrutural da cidade, com a construção de mesquitas, banhos, sistemas de captação de água e um forte sistema de defesa. Com isso, a cidade passou a ser capital da província de Ocsonoba (atualmente chamada Algarve).

  
Em 1189, D. Sancho I (O segundo Rei de Portugal, filho de D. Afonso Henriques) conquistou o castelo e a povoação de Silves, mas dois ano depois perderam novamente para os muçulmanos.

Entrada do Castelo
Interior do Castelo

Estatua de D. Sancho I
Somente em 1248 Silves é tomada definitivamente para o Rei D. Afonso III, concretizando assim, o domínio cristão.

Igreja Matriz
Durante a feira, grupos de teatro, dança, animação musical e encantadores de animais participam no evento, e vão recriando cenas daquela época.



Pelas ruas estavam montadas várias barraquinhas vendendo roupas, fantasias, artesanato, bijuterias e até mesmo tendas de ciganas para ler sua sorte.





Claro que também não poderia faltar as barraquinhas com comidas e guloseimas. Tinha espetadas de carne, sardinhas assadas, caracóis, pão com chouriço, doces e bebidas regionais ....nham nham

Uma boa iniciativa que tiveram para não haver muito lixo pelas ruas, foi servirem tudo que vendiam em copos e pratos de barro. No momento da compra da refeição deixávamos um caução no valor de 1 euro por cada peça de louça, que eram restituídos no momento da devolução dos mesmos em qualquer barraquinha de alimentação.




Tudo em um clima bem medieval, com musica típica daquela época, as mesas feitas com grandes tábuas de madeira e os bancos feitos de feno, os vendedores vestidos com roupas à carater, bem legal mesmo.



 Quem quisesse entrar mais ainda na "onda" medieval poderia alugar roupas para se fantasiar.

Adorei a experiência e próximo ano é para repetir.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Lisboa - Roteiro básico para 3 dias - DIA 1

Ufa! Estava aqui penando para conseguir escolher as principais atrações em Lisboa para fazer esse roteiro. Como são poucos dias, foi difícil escolher quais fariam parte dos lugares imperdiveis.

Em Lisboa tem muitaaaa coisa pra ver, isso sem falar nas cidades, vilas e lugarejos nas proximidades, que também tem coisas maravilhosas. Mas isso vai ter que ficar para outro post.

A: Restauradores; B: Rossio; C: Praça da Figueira; D: Estatua Fernando Pessoa; E: Rua Augusta; F: Arco; G: Praça do Comércio; H: Igreja de S. Antº; I: Sé; J: Castelo de São Jorge; K: Panteão.
O primeiro dia será para visitar o centro histórico de Lisboa, onde há uma concentração maior de pontos turísticos e devido a essa proximidade é mais fácil e rápido de nos locomovermos de um para o outro.

Iniciamos pela Praça dos Restauradores, que é onde dá inicio à Avenida da Liberdade, uma das principais da capital portuguesa. A praça possui no seu centro um obelisco erguido no ano 1886, em comemoração à libertação do país do domínio espanhol em 1640 e a restauração da sua independência.


Nessa praça há o Hard Rock Café Lisboa, que tem uma decoração super interessante, com um carro no teto, roupas e acessórios de artistas famosos e o melhor de tudo é o brownie servido com sorvete, uma delicia.






Seguindo em frente vamos dar em outra praça chamada Dom Pedro IV, mais conhecida como Rossio. Logo na entrada temos de um lado a estação ferroviária do Rossio e do outro lado o Teatro Nacional Dona Maria II.




No meio da praça está a estátua de Dom Pedro IV, o 28º rei de Portugal e que no Brasil é o nosso Dom Pedro I.


Para o lado esquerdo encontramos a praça da Figueira com a estátua equestre de Dom João, erguida em 1971.


Retornamos ao Rossio para então seguirmos pela Rua Augusta. Essa rua é apenas para pedestres (desde os anos 80), repleta de lojas e vai desde o Rossio até a Praça do Comércio.



Logo no inicio da rua, se olharmos para o lado direito, podemos ver o Elevador de Santa Justa, construído na virada do séc. XIX para o XX.

Muitos dizem que o engenheiro que construiu esse elevador, Raoul Mesnier du Ponsard, era aprendiz de Gustave Eiffel (construtor da Torre Eiffel em Paris), mas não há nada que comprove esse fato, havendo apenas semelhança na técnica e materiais utilizados em ambas.


Quem quiser subir pelo elevador dentro de cabines elegantes feitas de madeira, poderá adquirir os bilhetes no próprio local.

Continuando a caminhada pela Rua Augusta, uma outra opção para quem gosta do poeta Fernando Pessoa, é subir para o lado direito (sim, Lisboa é cheia de ladeiras), em direção a estação de metro Baixa/Chiado e tirar uma foto com a estátua do poeta, que fica em frente ao também conhecido café A Brasileira.


No final da Rua Augusta está o Arco do Triunfo. Esse arco, construído em 1875, é dedicado à grandiosidade portuguesa em seus descobrimentos de novos povos e culturas.



No seu topo está escrito: "VIRTVTIBVS MAIORVM VT SIT OMNIBVS DOCVMENTO PDD" ( "Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas").


Logo à frente esta a Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço.
Essa praça, situada junto ao Rio Tejo, é uma das maiores da Europa. Foi sede dos Reis de Portugal durante dois séculos, até a sua destruição pelo terremoto de 1755.



Depois de reconstruída pelo Marques de Pombal, os edifícios ao redor da praça albergam alguns departamentos do Ministério do Governo.



Retornamos novamente para a Rua Augusta e agora subimos para o lado direito (de quem está de costas para a praça do Comercio) em direção à Igreja de Santo António.

Esta igreja foi construída, segundo dizem, no local onde Santo António nasceu, tornando-se assim, seu santuário. Ao lado existe um pequeno museu dedicado a ele.



Com o terremoto de 1755, a igreja foi completamente destruída, restando apenas a cripta da construção original.

Por trás está a Sé de Lisboa, dedicada à Santa Maria Maior. Foi construída em 1150, no local em que antes havia uma mesquita, três anos depois da reconquista da cidade aos Mouros.




Também sofreu grandes danos com o terremoto já referido, mas foi sendo renovada ao longo dos séculos.

Um pouco mais acima você vai encontrar uma das vistas mais espetaculares da cidade, no Miradouro de Santa Luzia.



A Partir daqui os corajosos terão que enfrentar uma grande subida até o Castelo de São Jorge. Quem não quiser encarar essa maratona poderá optar por chegar o mais alto possível através do eletrico.


O Castelo de São Jorge é um dos monumentos mais visitados em Lisboa, famoso por proporcionar aos seus visitantes uma vista magnifica da cidade.




O Castelo era uma fortificação mulçumana, conquistada por D. Afonso Henriques por volta do séc XI. Diz a lenda que o cavaleiro Martim Moniz colocou-se entre um dos portões do castelo, sacrificando a própria vida, para que seus companheiros conseguissem entrar, e permitindo assim a vitoria.







 Várias restaurações foram feitas, levantando-se grande parte dos muros e alteando as torres, enaltecendo assim a aparência medieval.



 

 


Possui jardins e miradouros, a praça de Armas com a estátua de D. Afonso Henriques, o castelejo, a cidadela, uma esplanada e a Torre de Ulisses (uma câmara escura).
A entrada custa atualmente 7 euros. Para mais informações clique AQUI.
Em seguida descemos a colina do Castelo para pegar o metro e sair na estação Santa Apolónia. Lá perto está o Panteão Nacional.


A Igreja de Santa Engrácia foi designada como Panteão Nacional em 1916, partilhando essa função com o Mosteiro de Santa Cruz (em Coimbra) desde 2003.







Essa Igreja é lindíssima, toda pavimentada com mármore colorido e com um pátio enorme no seu topo. De lá também tem-se uma otima vista do Tejo.


No Panteão estão sepultadas pessoas ilustres do país e heróis da historia de Portugal. Dentre eles podemos destacar Pedro Álvares Cabral, Vasco da Gama, Luis Vaz de Camões, Amália Rodrigues (fadista).


Para mais informações sobre horários de abertura e valores dos bilhetes clique AQUI.

E é o fim do primeiro dia, depois de tanto subir e descer colinas espero que ainda haja fôlego para curtir a noite lisboeta.